Tarifa de 50% dos EUA preocupa indústria brasileira e desafia governo Lula
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Foto: Gilberto Sousa | CNI
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, com início previsto para 1º de agosto. A medida pode afetar cerca de 10 mil empresas brasileiras exportadoras, comprometer empregos e abalar a relação comercial entre os dois países.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou a decisão inesperada e sem base econômica concreta. Segundo a entidade, o aumento das tarifas prejudica diretamente a competitividade da indústria nacional. Em 2024, a cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, foram gerados mais de 24 mil empregos no Brasil.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará interferência externa e que os processos judiciais sobre os atos de 8 de janeiro são de competência da Justiça brasileira. Lula negou a existência de déficit comercial dos EUA em relação ao Brasil e defendeu uma relação bilateral baseada em respeito e cooperação.
A CNI e especialistas defendem uma resposta diplomática imediata. Para o jurista Fernando Canutto, apesar do crescimento de potências como China e Índia, os Estados Unidos ainda exercem forte influência no comércio mundial.
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