Em Pium, coordenador escolar que se passava por vidente é condenado por crimes contra criança

Foto: Luiz de Castro/Governo do Tocantins

O coordenador disciplinar de uma escola de Pium, no oeste do Tocantins, foi condenado a mais de 20 anos de prisão por abuso de vulnerável e outros crimes cometidos contra uma estudante de 11 anos. Ele se passava por vidente para enganar e coagir a vítima.

A sentença foi proferida na terça-feira (21) pela 2ª Vara de Cristalândia, após investigação da 57ª Delegacia de Polícia Civil de Pium. O nome do condenado não foi divulgado por envolver menor de idade.

Abusos ocorreram dentro da escola

Segundo a Polícia Civil, o homem perseguiu a aluna entre novembro de 2024 e março de 2025. Durante esse período, ele dizia “incorporar o espírito de uma mulher” e ameaçava jogar uma maldição na família da menina caso ela não obedecesse. A família descobriu o caso após ver mensagens enviadas por ele à criança.

A delegada Jeannie Daier de Andrade explicou que o coordenador usava a falsa identidade de vidente para manipular e intimidar a vítima, cometendo atos de violência física e psicológica dentro da escola.

Prisão e sentença

O homem foi preso em 20 de março de 2025. Durante as investigações, descobriu-se que ele também respondia por outro caso semelhante em Palmas, envolvendo sua enteada, também de 11 anos.

O réu recebeu pena total de 20 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão, além de um ano e dois meses de detenção e multa. Também deverá pagar R$ 15.180 por danos morais à vítima.

“A condenação mostra a seriedade do trabalho investigativo e reforça a prevenção de crimes dessa natureza”, afirmou a delegada Jeannie Daier.